O jovem Felipe Dantas no Caminho da Literatura
Felipe de Oliveira Dantas nasceu em 2005 em Brasília, onde mora com a mãe, o pai e sua irmã. Sempre nutriu o desejo de escrever profissionalmente; quando criança, chegou a falar que a sua profissão seria “escritor de livro grosso”. Ao finalizar a escrita de A vila os magos, seu romance de estreia, não só iniciou sua carreira como escritor, mas também realizou o sonho de criar sua primeira história. Tem como inspirações Rick Riordan, Adam Horowitz e Edward Kitsis. Ama ler livros de ficção científica e fantasia, como Percy Jackson. É um pouco estressado, mas sempre tenta ajudar as pessoas. Também gosta muito de ver séries, tendo como as suas favoritas Stranger Things, Once Upon A Time e Shadowhunters.
Prólogo:
Eu não compreendia o que estava acontecendo. Era uma
mistura de sensações, algo diferente, novo e estranho. Tudo estava mudado, nada
mais era igual, e eu não podia confiar em absolutamente ninguém, nem na pessoa que estava ao meu lado naquele momento. O
chão estava rachado, o medo corria nas minhas veias com toda força e minha cabeça
ameaçava explodir de tanto nervosismo. Ha- via uma espada na minha mão. Era
reluzente, diferente de todas que eu já havia visto em filmes ou séries. Seu brilho azul-turquesa e o tamanho chamavam atenção,
já que era uma espada imensa e muito pesada. Mas eu não sabia para o que ela
servia, eu não fazia a menor ideia.
O
asfalto estava sujo, com marcas de sangue para todos os lados. Senti uma lágrima
percorrendo a minha bochecha; eu não sabia por que estava chorando. De fato
tudo era muito estranho, pois eu sentia as emoções, mas não entendia o que as
motivava.
Ao
meu lado direito, havia uma bela mulher que transparecia tristeza, aflição e
arrependimento. Os cabelos dela pareciam não ter tanta cor, como se tudo
estivesse sendo perdido, como se o fim fosse aquele momento.
Já
ao meu lado esquerdo, outra mulher jogada no chão, coberta de marcas de sangue
e com olhos brancos e brilhantes, como joias preciosas. O corpo dela estava
can- sado, era perceptível pelas marcas que a luta deixara.
Mas
que luta fora essa? Qual o motivo para tantas mortes? Quem provocara a luta?
Eram três questões que eu ainda não conseguia responder mesmo me esforçando ao
máximo.
De
repente, uma enorme quantidade de pó começou a surgir em apenas um lugar do
asfalto. Eu vi um corpo to- mar forma na poeira em questão de segundos. Uma
pessoa desconhecida usando uma roupa completamente preta e um capuz que
escondia seu rosto apareceu na minha frente, estática. Era impossível ver suas
expressões faciais, mas a pessoa passava uma energia vitoriosa, como se a morte
das pessoas fosse um troféu.
Havia mortos em todos os cantos, só então comecei a reparar.
Olhei
ao redor e percebi um corpo masculino intacto preso à parede do que parecia ser
um supermercado. Tudo era terrível, macabro e assustador; a energia do ambiente
era diferente, assim como o sangue e as expressões faciais nos rostos dos
mortos.
Eu
tive a certeza de que a pessoa misteriosa estava prestes a completar a chacina
na cidade desconhecida. Só faltava o meu corpo para acabar tudo; seria a vitória
completa, e a pessoa misteriosa tinha certeza de que conseguiria vencer.
Larguei
a espada azul-turquesa que carregava no chão e comecei a me aproximar do
assassino. Quando estava a alguns metros da pessoa, sua mão começou a se mexer e a vir em minha direção.
No momento em que os cinco dedos estavam na frente do meu olho, a pessoa juntou
o dedo polegar ao dedo médio.
Ouvi
o barulho de um estalo.
Meus
olhos se fecharam e se abriram de repente. Era só um sonho.
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